Há 2 anos
domingo, 21 de dezembro de 2008
PENETRÁVEIS
Escreva, escreva, mas fodam-se os registros cegos da mão automática, só nos importam as caligrafias banhadas desse véu que é nuvem e notas desacordadas.
Afastou-se alguns pés dali, passou pelas portas do filó enubriado para encontrar a posição perfeita de onde apreciaria aquela cena:
Sentou-se tão leve, o cabelo solto e bem que se pudesse enxergar, os dedos flutuariam porque a musica que surgia acarinhava meu (nossos) corpo(s). Junto, o frio ar condicionado, as pedras quartejadas endurecendo os pés (raízes) e a visão turva desse véu quadriculando vermelho e branco onde já não poderia me deter.
Silêncio. A musica foi parar em outra sala.
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