quinta-feira, 29 de julho de 2010

sempre teve, desde que nasceu, uma mariposa tatuada no lado esquerdo da asa. mas não sabia. até voar.

quarta-feira, 28 de julho de 2010




Familiarmente-estranha a sensação de redescobrir, de tanto em tanto tempo, as mesmas coisas todas de novo, mas sempre com casquinhas diferentes. (ou recheio colorido).

Somos a vida toda como uma criança que só gosta de ver os mesmos filmes sempre de novo, ouvir as mesmas historinhas dos pais e ler os mesmos livrinhos de novo e de novo.

Somos a vida toda como o anciãos, no fim da idade, com o eterno esquecimento, e a lembrança de que nada é sempre o mesmo e que tudo se repete.

Mais uma vez descubro o medo de mim mesma. Mais uma vez, sou eu que não consigo escolher. Mais uma vez, me lembro de novo: o próximo passo, só eu posso dar.

De novo paraliso.

De novo quero correr pra trás e repetir tudo mais uma vez.

De novo quero achar que pra frente é sempre tudo diferente!

Tudo não é.

Será que esse tijolo pode ser amarelo? Será que nesse abismo-limbo do presente + 1 é possível dar um salto?

Um passo. Eu passo. Não caio.

Eu quero.

Consigo?

Contigo?

Não sei.

Mas.

De novo.

O novo.

sexta-feira, 23 de julho de 2010

tropeça em pedrinhas só para poder olhar para o céu.

segunda-feira, 19 de julho de 2010

fixed picture

Why doesn’t him stop talking?
This voice in the subway.

Why doesn’t him stop singing?
This sound inside my ears.

Why doesn’t him stop being?
This image all over my heart.




CARTOGRAFIA DE LACUNAS 7

quarta-feira, 14 de julho de 2010

gosto das pessoas lentas



Parece que é tudo cidade. E deve ser mesmo. Pessoas cruzando apressadas no sentido oposto. Será que sou sempre eu andando contra corrente?
Direita, caos próprio, fumaça própria. Calor familiar em todo ar.
Esquerda, o oasis. Diferente? Grama, verdade? Pessoas andando ralentadas no sentido.
Gosto de pessoas lentas. Sempre gostei. Pessoas andando lentamente, meu sentido oposto. Aprecio a postos.
Ando. Paro. Ando. Paro. Vida. Ando.
Alguma coisa diferente no cenário: não esquerda, não direita.
Um som. O saxofonista, tenho certeza, suave e bem baixinho, canta pra mim uma melodia.
Paro de novo. Gosto das pessoas lentas.



CARTOGRAFIA DE LACUNAS 6

sexta-feira, 9 de julho de 2010

andar sobre picasso e não conseguir segurar o corpo arrepiado.
o cubismo de picasso sou eu, essas mulheres fragmentadas.
não consigo deixar de vê-las como janela da memória.
a sensação presente do buraco de passado.
que minha pele em carne viva, agora vibra.


picasso, wipping woman



CARTOGRAFIA DE LACUNAS 5
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A ARTE ME TOCA. MEU CORPO EM CARNE VIVA TEM MEDO.

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CARTOGRAFIA DE LACUNAS 4

sábado, 3 de julho de 2010

felicidade são pedacinhos de pedra portuguesa partidinhos coloridos e espalhados em baixo do meu sapato. e o céu inteiro sobre ele.






CARTOGRAFIA DE LACUNAS 3