Familiarmente-estranha a sensação de redescobrir, de tanto em tanto tempo, as mesmas coisas todas de novo, mas sempre com casquinhas diferentes. (ou recheio colorido).
Somos a vida toda como uma criança que só gosta de ver os mesmos filmes sempre de novo, ouvir as mesmas historinhas dos pais e ler os mesmos livrinhos de novo e de novo.
Somos a vida toda como o anciãos, no fim da idade, com o eterno esquecimento, e a lembrança de que nada é sempre o mesmo e que tudo se repete.
Mais uma vez descubro o medo de mim mesma. Mais uma vez, sou eu que não consigo escolher. Mais uma vez, me lembro de novo: o próximo passo, só eu posso dar.
De novo paraliso.
De novo quero correr pra trás e repetir tudo mais uma vez.
De novo quero achar que pra frente é sempre tudo diferente!
Tudo não é.
Será que esse tijolo pode ser amarelo? Será que nesse abismo-limbo do presente + 1 é possível dar um salto?
Um passo. Eu passo. Não caio.
Eu quero.
Consigo?
Contigo?
Não sei.
Mas.
De novo.
O novo.