quarta-feira, 28 de julho de 2010




Familiarmente-estranha a sensação de redescobrir, de tanto em tanto tempo, as mesmas coisas todas de novo, mas sempre com casquinhas diferentes. (ou recheio colorido).

Somos a vida toda como uma criança que só gosta de ver os mesmos filmes sempre de novo, ouvir as mesmas historinhas dos pais e ler os mesmos livrinhos de novo e de novo.

Somos a vida toda como o anciãos, no fim da idade, com o eterno esquecimento, e a lembrança de que nada é sempre o mesmo e que tudo se repete.

Mais uma vez descubro o medo de mim mesma. Mais uma vez, sou eu que não consigo escolher. Mais uma vez, me lembro de novo: o próximo passo, só eu posso dar.

De novo paraliso.

De novo quero correr pra trás e repetir tudo mais uma vez.

De novo quero achar que pra frente é sempre tudo diferente!

Tudo não é.

Será que esse tijolo pode ser amarelo? Será que nesse abismo-limbo do presente + 1 é possível dar um salto?

Um passo. Eu passo. Não caio.

Eu quero.

Consigo?

Contigo?

Não sei.

Mas.

De novo.

O novo.

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