sábado, 15 de novembro de 2008

Eu não pude prever isso chegando.
Os dias passavam, muito trabalho, o ano voou como o trem bala que eu peguei no dia primeiro de janeiro na Espanha e agora estávamos todos aqui: dia 2 de novembro de mais um ano qualquer.

Eu não vi isso vindo.
Dia de finados e as flores enfeitando seu tumulo, tão escancarado, que ainda brilhavam vivas e traziam o sol.
Praia – um inédito dia de finados ensolarado nos fez a todos correr na areia, jogar o mar pra cima e terminar bêbados no bar empanturrados de sal e picanha, esperando o carnaval e discutindo o ano novo.

Eu não vi isso vindo.
Nesse sol de finados as lágrimas se misturaram ao sal de Ipanema lembrando de um remoto finados, que já havia exato 1 ano; parecia eternidade e, assim de repente, era como se fosse amanhã e tivéssemos despertados juntos nesse dia de sol.

4 comentários:

Sabrina Nóbrega disse...

é, peguei o mesmo trem bala, mas tem estações que não esqueço: casa embrulhada de presente, palavra comida de brigadeiro, deleite coletivo, navegação bossa-nova, cachorro-quente indigesto, pausa, espera. filme potência. ser. cê


e o reveillon?

Luisa Coser disse...

eu lembro de mari-sorriso em paris..
eu elmbro de gosto de água salgada na boca...
eu lembro de corpos de estar entre corpos...
eu esqueço todo dia um monte de coisa.
quando eu esqueço muito, passa tão rápido.

Colageno de Dona–Turu disse...

Tempo, tempo, tempo, tempo....

belas lembranças de um domingo feliz
e viva os momentos simples e inesperados!!!

Clara Cavour disse...

o tempo corre e os anos e os dias passam cada vez mais rápido. vamos celebrar o que não deu tempo de ver vindo. vamos celebrar que veio!