Há 2 anos
terça-feira, 7 de dezembro de 2010
quarta-feira, 20 de outubro de 2010
quinta-feira, 14 de outubro de 2010
quarta-feira, 13 de outubro de 2010
Sonhei em pedacinhos.
Sonhei não, não dormi.
Tive insônia de fragmentos.
Muitos pedaços de tempo.
Segui o conselho de um amigo,
diante da impossibilidade de inventar o tempo.
Lembrei de filmá-lo.
Faço dois filmes então.
O tempo corrido e o tempo marchado.
Conto história dos pedaços.
E não sonho. Pois desperta.
Acordo sonhada.
De instantes congelados.
Pedacinhos de memória,
quase perdida.
Sem dormir crio movimento.
E finalmente inventei o tempo.
Ontem, resolvi fazer um filme de retratos.
Sonhei não, não dormi.
Tive insônia de fragmentos.
Muitos pedaços de tempo.
Segui o conselho de um amigo,
diante da impossibilidade de inventar o tempo.
Lembrei de filmá-lo.
Faço dois filmes então.
O tempo corrido e o tempo marchado.
Conto história dos pedaços.
E não sonho. Pois desperta.
Acordo sonhada.
De instantes congelados.
Pedacinhos de memória,
quase perdida.
Sem dormir crio movimento.
E finalmente inventei o tempo.
Ontem, resolvi fazer um filme de retratos.
sábado, 9 de outubro de 2010
segunda-feira, 4 de outubro de 2010
ex-isto, cao guimarães | catatau, leminski
Ultimamente tenho medo das palavras, cada uma delas se tornou um pedacinho de pedra jogada no precipício de Eco.
E meu corpo retraído não conhece coragem de esquentar e destruir a ponte da distancia.
Calado. Pedra. Só. Constrói devagar a catapulta que, um dia, impulsiona ao abismo. O nosso.
O abismo é o risco, é o espaço onde o medo se desfaz, é a coragem do amor. O nosso. que ressoa em Eco. AMMM MMMM OOOO RRR
No abismo, lado a lado, nesse salto, pode tudo. No abismo, pode até.
Lembramos lá.
No abismo, de repente, um abraço.
O abraço não desfaz. Boiamos olhando pro céu.
e de longe se lê, repousados sobre o vento:
Aqui flutua um pouquinho de alegria.
quarta-feira, 15 de setembro de 2010
terça-feira, 14 de setembro de 2010
terça-feira, 24 de agosto de 2010
APERTE O PLAY e escute em outra janela enquanto lê
Sua mão segura na maçaneta. Abre. Entrou.
A sede dirige-se direto à muitos copos d’água.
A ferida segura-se na pilastra de madeira bonita e respira fundo pra deixar aquela musica entrar.
Ela sabe cantar a letra e se emociona porque a cantava com sua mãe quando pequena.
Esquece de prestar atenção na letra que já conhece.
O medo faz parar na imagem do passado e ficar guardada ali quentinha.
A infância, a mãe, a musica.
Ele.
Ele entra voando no quarto de criança junto com a voz de John Lennon.
Só então ela se dá conta de que entenede o que ele canta e é bonito.
Fica confusa: identifica-se com a letra ou identifica-o com ela?
Não importa.
O que importa é a intensidade da força dessa imagem.
A água continua correr pela garganta, a mão ainda segura na pilastra, o quarto e a musica.
E ela e ele brincam tão felizes.
Ué mas naquela época ele não estava lá.
Mas ele chegou depois e de tão intenso até lá foi amar com ela. Os dois.
Um abraço e um vôo. Tudo juntos.
O relógio despertou a hora certa.
A outra porta se abriu. Vamos começar.
O pé pisa sala a dentro.
Ela se senta no sofá.
A água escorre quente a fora.
E ela piscou mais um dia e apesar de ter medo tem coragem de falar em voz alta que acredita que eles ainda vão sorrir de mãos dadas.
Replay? É tudo forte demais para ouvir o mesmo não diferente.
Sua mão segura na maçaneta. Abre. Entrou.
A sede dirige-se direto à muitos copos d’água.
A ferida segura-se na pilastra de madeira bonita e respira fundo pra deixar aquela musica entrar.
Ela sabe cantar a letra e se emociona porque a cantava com sua mãe quando pequena.
Esquece de prestar atenção na letra que já conhece.
O medo faz parar na imagem do passado e ficar guardada ali quentinha.
A infância, a mãe, a musica.
Ele.
Ele entra voando no quarto de criança junto com a voz de John Lennon.
Só então ela se dá conta de que entenede o que ele canta e é bonito.
Fica confusa: identifica-se com a letra ou identifica-o com ela?
Não importa.
O que importa é a intensidade da força dessa imagem.
A água continua correr pela garganta, a mão ainda segura na pilastra, o quarto e a musica.
E ela e ele brincam tão felizes.
Ué mas naquela época ele não estava lá.
Mas ele chegou depois e de tão intenso até lá foi amar com ela. Os dois.
Um abraço e um vôo. Tudo juntos.
O relógio despertou a hora certa.
A outra porta se abriu. Vamos começar.
O pé pisa sala a dentro.
Ela se senta no sofá.
A água escorre quente a fora.
E ela piscou mais um dia e apesar de ter medo tem coragem de falar em voz alta que acredita que eles ainda vão sorrir de mãos dadas.
Replay? É tudo forte demais para ouvir o mesmo não diferente.
quinta-feira, 29 de julho de 2010
quarta-feira, 28 de julho de 2010
Familiarmente-estranha a sensação de redescobrir, de tanto em tanto tempo, as mesmas coisas todas de novo, mas sempre com casquinhas diferentes. (ou recheio colorido).
Somos a vida toda como uma criança que só gosta de ver os mesmos filmes sempre de novo, ouvir as mesmas historinhas dos pais e ler os mesmos livrinhos de novo e de novo.
Somos a vida toda como o anciãos, no fim da idade, com o eterno esquecimento, e a lembrança de que nada é sempre o mesmo e que tudo se repete.
Mais uma vez descubro o medo de mim mesma. Mais uma vez, sou eu que não consigo escolher. Mais uma vez, me lembro de novo: o próximo passo, só eu posso dar.
De novo paraliso.
De novo quero correr pra trás e repetir tudo mais uma vez.
De novo quero achar que pra frente é sempre tudo diferente!
Tudo não é.
Será que esse tijolo pode ser amarelo? Será que nesse abismo-limbo do presente + 1 é possível dar um salto?
Um passo. Eu passo. Não caio.
Eu quero.
Consigo?
Contigo?
Não sei.
Mas.
De novo.
O novo.
segunda-feira, 19 de julho de 2010
fixed picture
Why doesn’t him stop talking?
This voice in the subway.
Why doesn’t him stop singing?
This sound inside my ears.
Why doesn’t him stop being?
This image all over my heart.
CARTOGRAFIA DE LACUNAS 7
This voice in the subway.
Why doesn’t him stop singing?
This sound inside my ears.
Why doesn’t him stop being?
This image all over my heart.
CARTOGRAFIA DE LACUNAS 7
quarta-feira, 14 de julho de 2010
gosto das pessoas lentas
Parece que é tudo cidade. E deve ser mesmo. Pessoas cruzando apressadas no sentido oposto. Será que sou sempre eu andando contra corrente?
Direita, caos próprio, fumaça própria. Calor familiar em todo ar.
Esquerda, o oasis. Diferente? Grama, verdade? Pessoas andando ralentadas no sentido.
Gosto de pessoas lentas. Sempre gostei. Pessoas andando lentamente, meu sentido oposto. Aprecio a postos.
Ando. Paro. Ando. Paro. Vida. Ando.
Alguma coisa diferente no cenário: não esquerda, não direita.
Um som. O saxofonista, tenho certeza, suave e bem baixinho, canta pra mim uma melodia.
Paro de novo. Gosto das pessoas lentas.
CARTOGRAFIA DE LACUNAS 6
sexta-feira, 9 de julho de 2010
andar sobre picasso e não conseguir segurar o corpo arrepiado.
o cubismo de picasso sou eu, essas mulheres fragmentadas.
não consigo deixar de vê-las como janela da memória.
a sensação presente do buraco de passado.
que minha pele em carne viva, agora vibra.
picasso, wipping woman
CARTOGRAFIA DE LACUNAS 5
o cubismo de picasso sou eu, essas mulheres fragmentadas.
não consigo deixar de vê-las como janela da memória.
a sensação presente do buraco de passado.
que minha pele em carne viva, agora vibra.
picasso, wipping woman
CARTOGRAFIA DE LACUNAS 5
sábado, 3 de julho de 2010
segunda-feira, 21 de junho de 2010
TUM TUM PÁ
Pós vinho-Pós batalha
Pós noites sem dormidas
Pós barriga em casamento no estrangeiro
Nossa história começa no exato ponto onde acaba a deles
E tudo se passa num instante em que, de fato, não há tempo decorrido
É menos do que a menor fração de segundo
E de tão pequena nossa história tende ao nada
Em um quase-ilusório-triz-di-minuto
Um coração de sangue e Tum Tum Tum
Explodiu
Já é passado e ainda nem chegou no presente
Quantas frações de segundo são necessárias
para o coração deixar de existir?
A moça ao lado no metrô puxa da bolsa: o fone!
Agora vive em seu trilho próprio
Qual será o nosso?
O ruído toma conta dela (eu?)
A musica é a maior das humanidades
Não há coração explodido que agüente
Shhhhh – silêncio – ainda tento dormir
CARTOGRAFIA DE LACUNAS 2
quarta-feira, 9 de junho de 2010
a distancia e o caminho
imagem serie variações do preto
1
a distancia e o caminho
tem roxo, tem preto.
tem uma camada que conserva um pouco do calor. mas não esquenta.
e tem também ar frio que escorre entre cada buraquinho.
como é que foi que de coisa boa virou insossa?
como é mesmo o caminho da distancia?
mas se é caminho já é distancia?
mas se é distancia não são sempre dois caminhos?
acho que plural agora serve.
acho que sempre serviu.
acho que ninguém nunca pode prever.
mas tem alguma coisa perversamente repetida nessa historia.
não a minha, sua historia.
sua não, terceira pessoa.
claro, terceira, segunda não, no caminho veio a distancia
esqueceu?
eu sempre esqueço.
eu tenho a melhor memória do mundo: sempre esquece o que importa.
um viva às desimportancias.
me ajuda a lembrar, ao que é mesmo que se deve brindar?
se festeja o amor? é isso? mas... é isso o que?
rir-se da alegria, ah não, redundou de novo (ih, de novo).
de novo:
rir-se do ópio nosso de cada dia.
acho que disso choramos.
mas proponho: um brinde, viva o ópio do coletivo individualista.
ah, de novo:
tem roxo, tem preto.
e tem no amarelo esse cheiro que de manhã rasga, mas é o perfume noturno dos não-amantes.
saúdo então os levedos que fizeram desde sempre a fermentação alcoólica que não foi nunca láctea, graças a deus.
pausa para pouso da mosca.
o que ela traz na pata, pé, antena?
o que que ele te trouxe?
tem mais um gole, desce e abraça frio o calorzinho que já ia te acomodando.
a dama da noite precisa trabalhar para que eu me lembre finalmente do que é motivo de brinde..
lembrei que sempre soube que os sorrisos e serenatas eram anti-transpirantes., eles eram relaxantes musculares e faziam dormir como nunca. só lembrei agora,.
Lembrei que essas fagulhas engessaram mãos no teclado, engessaram a memória esquecida, esse olho que nunca brilhou, mas é asssim que foi pintado, ele, o olho né, fechou muito, ele focou demais e sem o foco doce, meu amigo, não a brinde que sustente.
de novo:
tem preto, só vejo isso. e o branco.
tinha uma moça sentada e bela.
tinha uma moça que gostava de ser amarela.
brincava de brincar que fazia sentido.
e fingia que juntava de brincar com as palavras.
ela gostava de andar porque o vento fazia frio.
e gostava de parar porque o sol fazia luz quente.
no sinal, encruzilhou de branco listrado, e lembrou de olhar pro céu.
mas quando viu a nuvem tão longe, tão branca. quando viu a nuvem tão serena e de contorno azul.
lembrou que flutuar no fundo do ar que nunca foi vermelho sempre foi o seu sorriso.
nada de novo:
ela não entende alemão.
muito menos porque lembrou de pensar isso.
acho que queria pensar em francês.
ok. ela entende muito pouca coisa.
ela sabe que do caminho ela não sai.
ela sabe que distancia as vezes dói.
mas ela lembrou, apesar de memória desmemoriada. que tem que descruzilhar o caminho com distancia, meu deus, foi bem nesse sinal que ela parou e viu o ceu azul e nuvem rindo.
novo fim:
dos idos de sua memória do futuro, sorriu com a distancia.
torrou com sol amarelo, esqueceu do que era cor de preto e
mais um gole por favor.
http://www.youtube.com/watch?v=eo3Hkqw_KRM
CARTOGRAFIA DE LACUNAS 1
sexta-feira, 16 de abril de 2010
quando a dor dói de verdade
você logo sabe
é dor que não destrói tudo
pelo contrário
é dor que fura bem fundinho
um pequeno buraquinho
é dor que machuca devagar
é dor tão doída
que só de pouco em pouco
é que dá pra aguentar
quando a dor dói de verdade
todo mundo logo sabe
é dor que veio pra ficar
é dor que faz lembrar do início
é dor que faz pensar no fim
quando a dor dói de verdade
toda a gente logo sabe
a dor mais forte é mais exata
espeta cada parte
é dor que ata
dor que lembra da infância
dor que assusta morte
essa dor é a mais forte
é cada um à sua sorte
você logo sabe
é dor que não destrói tudo
pelo contrário
é dor que fura bem fundinho
um pequeno buraquinho
é dor que machuca devagar
é dor tão doída
que só de pouco em pouco
é que dá pra aguentar
quando a dor dói de verdade
todo mundo logo sabe
é dor que veio pra ficar
é dor que faz lembrar do início
é dor que faz pensar no fim
quando a dor dói de verdade
toda a gente logo sabe
a dor mais forte é mais exata
espeta cada parte
é dor que ata
dor que lembra da infância
dor que assusta morte
essa dor é a mais forte
é cada um à sua sorte
quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010
quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010
a gente sempre tem medo antes, acha que não vai ter clima e não aguenta... acha que tem que fugir.. até que acorda num sábado, por acaso, carnaval, e uma musiquinha de longe faz vc bater o pezinho... de repente andando saltitante pela rua, vê um isopor e sem querer compra uma cerveja, quando olha no relojo, lembra que ainda são 8 da matina, bebe mais um gole, tropeça nos confetes, encontra um grupinho de felizes errantes pula mais, percebe que agora começou a cantar, segunda latinha, a música cresce, vc pula, você gargalha, pronto, chegou, você é a alma do bloco, rainha da bateria, foliã maior e se esquece de lembrar que a feliciadade existe. e isso é carnaval.
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